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Óleo Essencial de Sálvia Esclareia - Phytoterapica - 5ml
Sálvia Esclaréia (Salvia sclarea)
A sálvia esclaréia, ou clary sage, é uma planta nativa do Mediterrâneo, sul da França, Itália e Marrocos que pertence à família Lamiaceae. Seu nome, que significa “claro”, deriva da palavra latina “clarus” em alusão as propriedades atribuídas ao seu chá que, segundo conta a história, permitia aos antigos sábios a “enxergar” o futuro com maior clareza. Trata-se de uma planta pequena, cuja altura varia de 60 a 100 cm, e apresenta grandes folhas peludas, com simpáticas flores azuis, brancas ou roxas. Muito versátil, a esclaréia vem sendo utilizada há séculos para os mais diversos fins, desde como matéria-prima para adulterar vinhos moscatel à manipulação de remédios, por conta de suas propriedades carminativas, anti-inflamatórias e estrogênicas.
Óleo Essencial de Sálvia Esclaréia
O óleo essencial de sálvia esclaréia, ou clary sage oil, CAS number 8016-63-5, é um líquido amarelado de odor semelhante ao do âmbar gris, com um toque nodoso, que remete ao vinho, agridoce, espesso e forte. É extraído, geralmente, por arraste a vapor das partes aéreas da Salvia sclarea, onde o seu rendimento, sobre a biomassa, gira em torno de 1%. Quanto à sua composição química, esta difere da de outras espécies do mesmo gênero e apresenta, sobretudo, álcoois monoterpênicos, como acetato de linalilo (56-78%) e linalol (6,5-24%), sesquiterpenos, como o germacreno D (1-12%) e diterpenos, como o esclareol (0,4-2,6%), este, o seu marcador químico. De acordo com alguns estudos, o esclareol é antioxidante, calmante do sistema nervoso e é capaz de aliviar espasmos musculares e os sintomas da TPM. E não é só. Na indústria de perfumaria, é utilizado como matéria-prima para a síntese de ambroxan (ou ambrox [Firmenich], amberlyn [Quest]), um éster na forma de cristais brancos que possui uma fina nota ambarada (um tanto metálica), com excelente desenvoltura.
O óleo essencial de sálvia esclaréia vem sendo utilizado pelos mais diversos ramos da indústria. No ramo alimentício, é usado como um aromatizante de amplo espectro, sendo empregado, em especial, aos embutidos – produtos constituídos a base de carne condimentada e picada, como salsichas. Na perfumaria, devido à sua nota quente, ambarada, é utilizado na formulação de diversas fragrâncias, sobretudo nas composições mais sensuais e sofisticadas. E por fim, por conta de suas propriedades terapêuticas, ele pode ser encontrado nos mais diversos produtos, de cremes hidratantes à remédios para os calores da menopausa. Sobre o seu potencial terapêutico, um adendo: já está comprovado que este óleo, realmente, apresenta atividade “estrogen-like” devido à presença de moléculas quimicamente parecidas com o estrógeno feminino na sua composição, como o esclareol. Para a mulher, isto significa que ele pode contribuir com o seu balanço hormonal, minimizando, por exemplo, a irritação causada pela TPM e as ondas de calor (fogachos) do climatério. Além disso, ele ainda atua como um calmante do sistema nervoso, reduz a pressão arterial (hipotensor) e auxilia em problemas do trato respiratório.
Aromaterapia
O uso dos óleos essenciais para fins medicinais é conhecido desde a remota antiguidade. Há registros pictóricos de seis mil anos atrás, entre os egípcios, de práticas religiosas associadas à cura de males através destes óleos. De acordo com Tisserand e Young (2014) em “Essential Oils Safety”, os óleos essenciais estão no domínio público por mais de 100 anos e atualmente cerca de 400 óleos são empregados na fabricação de cosméticos, produtos farmacêuticos, alimentos, bebidas, materiais de limpeza e na indústria dos perfumes. Destes, cerca de 100 óleos essenciais são regularmente empregados na aromaterapia contemporânea. A aromaterapia, conforme Jane Buckle (2014) em “Clinical Aromatherapy”, é uma terapia multifacetada que visa proporcionar bem-estar e/ou a cura de enfermidades por meio da utilização dos óleos essenciais.
A palavra “aromaterapia” foi criada por René-Maurice Gattefossé, um engenheiro químico formado pela Universidade de Lyon e um dos primeiros estudiosos das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. Ela apareceu pela primeira vez na edição de dezembro de 1935 na revista “L’Parfumarie Moderne”, a qual também nomeou uma coluna de artigos escritos por Gattefossé ao longo de 1936. Em seguida, o termo “aromaterapia” foi também bastante utilizado por Marguerite Maury (1961), uma enfermeira, e por Jean Valnet (1976), um médico, que contribuíram imensamente para o avanço (e popularidade) da aromaterapia clínica, demonstrando a sua eficácia no tratamento de várias moléstias. De lá para cá, a aromaterapia se encorpou e ganhou respaldo técnico-científico. Atualmente, ela é bastante popular na Europa, em especial na França e Inglaterra, e vem ganhando cada vez mais adeptos em todas as partes do mundo.
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