Amanita Muscaria: conheça a origem e uso deste famoso cogumelo
O cogumelo Amanita Muscaria tem uma grande importância na aceitação de enteógenos e na assimilação deles por parte da cultura mainstream. Há referências a ele em obras, filmes e jogos, justamente por conta do fascínio que ele sempre provocou nas sociedades.
Seu uso data de muito tempo atrás, em sociedades distintas ao redor do mundo. Esteve associado especialmente com a cultura xamânica, mas expandiu e foi além. Se destaca pelos seus efeitos de expansão da consciência e por propriedades curativas.
E quando falamos em cogumelos mágicos, como o muscaria, é importante estar atento aos tipos e às características e diferenças entre eles. Para esclarecer bem o assunto, vamos trazer mais informações neste conteúdo. Confira!
Origem do cogumelo Amanita Muscaria
O amanita muscaria tem esse nome por conta de seu efeito inseticida, que impede que moscas permaneçam por muito tempo sobre sua superfície. Isso é, evidentemente, uma forma de se proteger e se manter no meio ambiente.
É um dos cogumelos da família dos amanitas, caracterizado principalmente pelo seu chapéu vermelho e manchas brancas (isso pode variar dependendo da subespécie).
Outra informação é que o amanita difere de outros tipos comuns de cogumelos, como o Psilocybe Cubensis, por conta de seu ativo principal. O do muscaria é o muscimol, já o psilocybe é composto por psilocibina. Vale dizer que o muscaria é considerado o mais antigo enteógeno do mundo.
Esses cogumelos são usados, há muito tempo, por várias civilizações, por conta de suas características enteógenas.
Os povos antigos incluíam o amanita em suas cerimônias para favorecer a conexão com o divino, proporcionar maior limpeza e abertura espiritual, etc. Há registros de usos em sociedades na Ásia, na Europa, na América Central e outros locais.
O interesse pela ciência veio depois. Estima-se que Jean-Baptiste Lamarck tenha sido o primeiro a classificar esse cogumelo com seu nome atual, incluindo-o na família dos amanitas em 1783.
Já o primeiro relatório do uso por um soldado data de 1730, na Suécia. Filip Johan von Strahlenberg é o nome do soldado.
No Brasil, por sua vez, houve o primeiro registro desse cogumelo somente em 1965.
Na cultura pop, há referências interessantes ao muscaria, que denotam como ele passou a representar os cogumelos enteógenos. Tanto que, normalmente, quando pensamos em cogumelos, é comum que a imagem do chapéu vermelho com partes brancas.
No jogo Mario Bros, o personagem ingere o cogumelo para crescer e ser capaz de enfrentar os desafios do jogo; na obra "Alice no País das Maravilhas", também há referências diretas ao cogumelo, com o uso da personagem principal.
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Compostos ativos do Amanita Muscaria
O amanita muscaria contém vários compostos ativos que contribuem para seus efeitos psicoativos e fisiológicos. Os principais compostos encontrados nesse cogumelo são o já citado muscimol e o ácido ibotênico.
Muscimol
O muscimol é considerado o principal componente responsável pelos efeitos psicoativos da amanita muscaria. É um composto que atua como agonista do receptor GABA-A no cérebro.
O GABA-A é um neurotransmissor inibitório, e a ativação desse receptor resulta justamente em efeitos sedativos e relaxantes.
Os efeitos do muscimol incluem sensações de euforia, sonolência, relaxamento muscular e alterações na percepção sensorial.
Ácido Ibotênico
O ácido ibotênico é outro composto encontrado na amanita muscaria. Ele também afeta os receptores GABA-A, mas tem um perfil de ação mais complexo.
O ácido ibotênico pode causar efeitos excitatórios iniciais, como euforia e estimulação, seguidos por efeitos mais sedativos. No entanto, o ácido ibotênico tende a ter efeitos colaterais negativos, o que inclui tontura, náuseas e até mesmo confusão.
É importante notar que esses compostos tendem a apresentar concentrações diferentes a depender de fatores como a região geográfica, a variedade do amanita muscaria e as condições de crescimento.
Além disso, o metabolismo individual influencia a forma como os compostos são processados pelo corpo, o que conduz a variações nos efeitos experimentados.
Descrição do cogumelo
O amanita muscaria é uma espécie de cogumelo extremamente reconhecível por sua aparência única e distinta.
A tampa, chamada de píleo, é de um vermelho intenso, frequentemente com tons variados que vão do laranja ao amarelo. Sua superfície é coberta por escamas brancas que muitas vezes se parecem com pontos de neve.
À medida que o cogumelo envelhece, as manchas brancas podem desaparecer, deixando uma superfície lisa e vermelha. O píleo é geralmente cônico quando jovem, mas pode aplanar à medida que cresce.
A base do píleo está envolta em uma espécie de "saia", conhecida como volva, que é branca e em forma de saco. Isso contribui para a aparência distintiva do amanita muscaria.
Outro aspecto notável é a presença de lamelas brancas sob o píleo, que variam de espessura e são frequentemente apinhadas umas contra as outras.
Pode consumir cogumelo Amanita?
Uma das questões mais curiosas, e que atrai mais discussão, é sobre o aspecto comestível dos cogumelos do gênero amanita muscaria. A resposta não é simples.
Esse cogumelo é conhecido por conter algumas componentes tóxicas. Se o cogumelo for consumido in natura, há a presença das toxinas que podem ser letais.
Contudo, há casos de uso dele para auxiliar na alimentação em vários locais do mundo, a partir de uma forma de preparo que atenua essa toxicidade. Depois de desidratar o cogumelo ou fazer o chá, essas toxinas se degradam. Sendo assim, se o cogumelo estiver desidratado corretamente, ele pode ser consumido.
Em locais da América do Norte e do Japão, há registros de consumo desses cogumelos após a fervura. Os ativos principais são dissolvidos na água, então esse processo de adição do líquido pode realmente torná-lo comestível.
O mais importante é se atentar às doses recomendadas (daqui a pouco, vamos esclarecer esse ponto especificamente).
É importante, também, atentar a alguns cuidados que mencionaremos a seguir no resto deste conteúdo. Sem essa atenção, a pessoa pode sofrer com efeitos inesperados.
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Usos do Amanita M.
Há indícios de que os Xamãs usavam o cogumelo para comunicação com espíritos — para tomar decisões importantes —, por exemplo, ter uma visão do passado e também do futuro. Além disso, para desencadear um acesso expandido a outros mundos.
Da mesma forma, o amanita muscaria já foi usado para curas, estímulo a visões, abertura da capacidade dos sentidos, profecias, invocação de espíritos, comunicação com ancestrais, etc.
Por isso, sempre cumpriu uma função muito importante na esfera cerimonial e religiosa de muitas sociedades. Tudo isso apenas começou a ser percebido e documentado no século 18, aproximadamente.
Além do uso para fins espirituais e cerimoniais, nota-se, também, uma adesão ao muscaria para fins de saúde. Os cogumelos podem ser importantes para melhorar vários quadros e sintomas de transtorno.
As pessoas relatam que esse tipo de cogumelo atua especificamente contra a fadiga, o desânimo, a depressão, a ansiedade, bem como ajuda a lidar com sintomas de abstinência de algum vício.
Também, pode-se perceber aumento de concentração, com melhoria nas atividades cerebrais. Pessoas adeptas, ainda, comentam sobre a energia extra que o amanita oferece, por exemplo, uma disposição maior para as demandas do dia a dia.
É possível ganhar mais energia e produtividade com apenas algumas poucas doses. A criatividade e o foco em tarefas importantes também ganham destaque e reforço.
Outro exemplo de uso é para melhora do humor e do bem-estar, de modo a trazer uma sensação maior de qualidade de vida.
Quais são os efeitos da Amanita muscaria?
Inicialmente, o cogumelo muscaria pode causar alguns efeitos iniciais e intermediários que logo dão lugar a outros. Esses são:
- sonolência;
- desorientação;
- suor;
- e falta de coordenação.
Depois de um tempo, é possível notar efeitos mais pungentes, como distorção da percepção de tempo e de visão. Há um considerável aumento de energia e euforia, contudo, o amanita também pode fazer as pessoas adormecerem e terem sonhos lúcidos e vívidos. Efeito também observado na Calea zacatechichi, a erva dos sonhos.
Existem os sonhos visionários também, que podem indicar algo que tem chance de acontecer no futuro — remetendo ao uso pelos Xamãs.
Sobre o tempo de duração, a estimativa é de 5 a 8 horas de efeitos, que começam mais ou menos depois de 20 a 30 minutos de uso. Mas esses efeitos podem durar menos do que isso também. Tudo é muito imprevisível quando se trata dessa espécie.
Apesar disso, há alguns sinais importantes que marcam um maior consenso sobre o uso típico de amanita muscaria. Um deles é a sensação de estar preso em um looping, como se o momento da vida estivesse acontecendo repetidamente.
Há, também, um senso de lentidão na passagem do tempo, como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta.
Outro efeito significativo é a sensação de alteração de tamanho dos objetos, sendo eles diminuídos ou aumentados em comparação. Esse efeito é demonstrado na cultura pop: no jogo Mario Bros e em "Alice no País das Maravilhas".
Pode existir, ainda, a sensação de estar ficando mais forte e, até mesmo, de poder voar.
Além de todos esses, vale citar: diminuição na pressão sanguínea, arrepios, tremedeira e outros. Evidentemente, vale lembrar: esses efeitos variam a depender da dosagem utilizada.
Como preparar esse cogumelo para consumo?
É importante estar atento à dosagem no preparo. Para efeitos suaves, de 1 a 5 gramas já é efetivo. Para um efeito médio, equilibrado, de 5 a 10 gramas é o ideal. Já para maior efeito, 10 a 30 gramas.
Qual a dosagem?
A dose efetiva do Amanita Muscaria varia, mas aqui estão algumas orientações gerais:
Consumo seco
Quando consumida fresca, o cogumelo é tradicionalmente preparado secando-o primeiro para reduzir sua toxicidade.
Assim, a dose efetiva deve ser menor, com muitos relatos recomendando começar com uma dose de cerca de 1 a 2 gramas.
Essa quantidade é geralmente considerada uma dose leve, destinada a explorar os efeitos do amanita muscaria sem correr o risco de intoxicação grave.
Uso Ritual e Tradicional
Em algumas culturas, o amanita é usado em contextos rituais ou xamânicos.
Nessas situações, a dosagem pode ser influenciada por práticas culturais específicas e a orientação de indivíduos experientes. O consumo ritual tende a ser muito mais moderado em comparação com o uso recreativo.
Cuidados com o Amanita muscaria
É importante, ainda, ter outros alguns cuidados para aproveitar a experiência com o muscaria e, assim, evitar problemas.
Um deles é evitar o uso do cogumelo com outras substâncias, como álcool ou com remédios. É preciso ter atenção maior ao momento de usar, como em uma cerimônia, com a devida concentração.
O recomendado, por pesquisadores, é estar com alguém presente, que já conheça o cogumelo e seus efeitos. Nesse sentido, torna-se fundamental entender as reações passageiras em um primeiro momento e ter paciência com elas.
O momento de adoção do cogumelo é um momento especial, por isso, recomenda-se que a pessoa evite usar em momentos de tristeza ou ansiedade, por exemplo. Afinal, seus efeitos são fortes e significativos e podem amplificar esse senso de tristeza.
O maior cuidado a se ter é, sobretudo, lidar com a espécie correta. Pois, assim, você já sabe o que esperar e não terá grandes dores de cabeça. Nesse sentido, é fundamental saber onde adquirir o cogumelo e ter fornecedores seguros.
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Amanita: onde encontrar no Brasil?
Pode ser encontrado em regiões do Sul e Sudeste do país, que são mais frias, onde há o pinheiro Pinus Pseudostrobus. Há outros casos de cogumelos diversos da família amanita crescendo em outras regiões do Brasil, também.
Onde comprar o Amanita Muscaria?
No site Natureza Divina, você encontra a opção do amanita muscaria em 30 gramas para comprar. Assim, pode adotar o cogumelo para suas explorações e estudos de efeitos, de modo seguro e prático.
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Conclusão
O amanita muscaria é considerado o cogumelo enteógeno mais famoso do mundo. Notável pelo seu uso histórico e por sua importância, mas, também, pela sua adesão em símbolos da cultura de massa. Já foi adotado em cerimônias religiosas e para busca de maior bem-estar.