Peiote: conheça a origem do cacto, usos e benefícios
As plantas medicinais, ou plantas de poder, são caracterizadas por terem uma longa história em civilizações mais antigas e uma redescoberta na pós-modernidade. Assim, elas impactam diversas gerações, ganhando muitas formas de uso.
O peiote, uma planta tipicamente mexicana e americana, se destaca por isso, também. Seu uso antigamente era muito restrito à esfera religiosa e medicinal em povos e comunidades específicas. Depois, com o boom das plantas medicinais na contracultura, ganhou interesse de pessoas diversas, de outros locais.
Interessa entender um pouco mais sobre as propriedades desse cacto sagrado e suas características especiais. Assim, é possível descobrir melhor por que ele tem feito tanto sucesso ao longo da história da humanidade.
O que é o peiote?
O peiote é um cacto mexicano de formato esférico, sem espinhos, com uma composição formada por 6% de alcaloides. Entre seus componentes, encontramos a mescalina, a tiramina, a hordenina e outros.
Visualmente, destaca-se por ser um tanto diferente de outros tipos de cactos, por apresentar uma cor cinza com um pouco de verde e uma raiz longa.
É encontrado em várias regiões do México, como Nayarit, San Luis Potosí e Durango.
Cresce e floresce melhor em regiões de maiores temperaturas, com boa ação do sol e menos umidade. Não é uma planta ideal para crescer em regiões frias, evidentemente.
Seu uso como enteógeno e como um elemento indispensável em cerimônias religiosas vem de muito tempo. O primeiro choque cultural foi quando espanhóis vieram colonizar a região do México e se depararam com o uso estabelecido do cacto.
Em um primeiro momento, houve repressão, mas há relatos de sacerdotes europeus tendo visões e sentindo os efeitos diversos do uso de peiote. Veremos mais sobre isso no tópico sobre a origem e a história desse cacto.
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Para que serve o peiote?
Possui grande representatividade como um componente de cerimônias rituais e religiosas das comunidades indígenas norte-americanas. Assim, o peiote era uma planta capaz de permitir alterações de consciência e o alcance de um estado mental elevado.
Logo, possibilitava visões, previsão do futuro, cura de enfermidades, bem como disposição e força para determinadas tarefas. Além disso, também servia para limpeza espiritual e conexão com o divino.
Aliás, vale dizer que o peiote sempre foi considerado como um protetor espiritual, um guardião, um elemento que carregava em si um certo aspecto da divindade.
Nessas civilizações, também já foi usado como medicamento, sendo em muitos casos a solução mais próxima que se tinha para tratar certas condições de saúde.
Recentemente, quando a medicina moderna e as universidades começaram a pesquisar sobre o cacto, descobriram suas propriedades especiais. Um dos usos é para tratamentos respiratórios, bem como para aplicações antiespasmódicas e terapêuticas.
Origem e história do peiote
Segundo os estudos, os povos da época pré-colombiana já tinham uma tradição de uso e reverência ao cacto sagrado peiote. Era usado como medicina e como elemento para rituais. Em termos de datas, estamos falando de um uso por milênios.
Como falamos, a adoção do cacto era feita com intuito de ajudar em cerimônias, preparar as pessoas, permitir visões e uma conexão espiritual mais profunda e propícia às ações. A planta viabilizava a limpeza para que as pessoas estivessem aptas a participar dos rituais.
Quando os europeus começaram a colonizar o México, houve um embate entre o que o peiote representava, enquanto elemento cultural intrínseco, e o que se trazia como religião colonial. Então, a tendência foi a repressão — o que não serviu para apagar os indícios de uso.
A planta de poder permaneceu forte, até mesmo em manifestações sincréticas, integrando, também, as experiências culturais e cerimoniais dos próprios europeus.
No século XIX, começou a se falar no uso terapêutico do cacto, inclusive como uma forma de tratar vícios e doenças por meio do renascimento da espiritualidade.
No século XX, o movimento da contracultura resgatou com força o interesse por essa planta. Escritos de Aldous Huxley e Carlos Castaneda trouxeram o peiote ao centro dos holofotes para integrar esse novo cenário de respeito e busca pelos benefícios de enteógenos.
Assim, o cacto foi representativo, também, nesse novo momento em que as plantas medicinais e os cogumelos sagrados se tornaram parte da cultura, inspirando filmes, canções e movimentos artísticos e políticos.
O interesse acadêmico, ainda, permaneceu, na tentativa de provar as características que já se conhecia e das quais já se falava no senso comum.
Então, foi consolidada a visão sobre os benefícios e efeitos do peiote, para uma administração mais eficiente e saudável. Boas práticas começaram a ser difundidas, o que tornou o uso mais seguro e consciente.
Benefícios do peiote
Vamos desenvolver, neste tópico, as vantagens principais do peiote e suas propriedades positivas em termos medicinais e terapêuticos.
Uma das propriedades principais, algo que se assemelha ao Cacto San Pedro e a outras plantas sagradas, é seu efeito analgésico. Pode ajudar a aliviar dores diversas, como as dores de parto, dores de dente e dores de estômago.
Outro uso proeminente é para tratar questões respiratórias, como asma, gripes, etc. Também se destaca no tratamento de artrite, diabetes, febres, fraturas, constipações e outras.
Além disso, é evidente o uso para lidar com ansiedade, histerias e surtos. Há estudos que atestam a eficácia das propriedades do peiote contra a agorafobia, por exemplo, um transtorno que envolve ansiedade e pânico em determinadas situações e locais.
O cacto pode, até mesmo, ajudar a reduzir pensamentos e tendências suicidas em alguns casos. Ele realmente atua para a sensação de bem-estar, o que ajuda a impedir que as pessoas cheguem a um quadro de depressão severa.
Também há indícios de que o cacto atua especificamente no aumento da capacidade de criatividade e na melhoria da resolução de problemas. Nesse sentido, pode ajudar bastante em questões de aprendizagem.
Outro benefício desse cacto é o relaxamento e a tranquilização das pessoas. Então, como consequência, elas ficam menos violentas e menos propensas a agir de forma descontrolada.
Vale citar o benefício para tratamento de vícios e para lidar com a abstinência, algo que foi apontado, há bastante tempo, nos estudos sobre a planta.
Até mesmo, percebe-se que a conexão com o cacto sagrado permite que as pessoas se tornem mais conscientes ecologicamente.
Ademais, o uso do peiote por suas propriedades antibacterianas ganhou destaque entre a medicina. Ele consegue, até mesmo, inibir a ação de certas bactérias, para restaurar e fortalecer a saúde.
Quais são os efeitos proporcionados pelo peiote?
Os efeitos durante o uso são amplos e bem convincentes. Graças a eles, o cacto foi adotado e fez sucesso como um componente em rituais cerimoniais.
Um deles é a sensação de poder voar, de total expansão da consciência e superação das limitações típicas do humano. Há envolvimento do visual, do olfato, do paladar e do tato.
Há uma mudança considerável na percepção de tempo e espaço, com uma alteração na forma como se enxerga o próprio corpo.
Podemos citar, também: taquicardia, suor proeminente e pupilas dilatadas, em uma explosão de sensações e energia.
No início do processo, é comum que as pessoas experimentem náuseas e vômitos — o que funciona como uma limpeza do corpo segundo a concepção dos povos tradicionais.
No geral, há uma melhoria no bem-estar e no senso de felicidade, com uma ativação da serotonina. Por isso, aliás, faz sucesso entre pessoas com transtornos mentais, como a depressão, e pode atuar efetivamente na regulação de humor.
Outro efeito conhecido é o da sinestesia, sensação de onisciência, mudança na personalidade, bem como visões que transcendem espaço e tempo. O senso de prazer e empatia também são efeitos comuns.
Além disso, se destacam as visões e até concepções acerca do futuro, efeitos que faziam o uso se tornar especial durante as cerimônias indígenas.
Durante a contracultura, as formas artísticas buscaram justamente representar esses efeitos por meio de recursos visuais e auditivos. Tanto para alcançar esse senso de espiritualidade, quanto como uma forma de quebrar com convenções artísticas estabelecidas.
Filmes aproveitaram essas duas dimensões (sonoro e visual), ao passo que músicas exploraram a inovação na questão auditiva.
Com a exploração de meios inovadores de expressão, novas técnicas e experimentalismo na arte, foi possível simular essas experiências, o que reforçou,ainda mais, a relevância das plantas de poder. Nisso, o cacto peiote desempenhou um papel central, como uma referência.
Contraindicações e efeitos colaterais
É importante destacar também alguns efeitos colaterais e questões mais sensíveis relacionadas ao uso do cacto sagrado peiote. O uso não é indicado para todas as pessoas indiscriminadamente.
Aquelas que têm tendência a ataques de pânicos e surtos devem tomar cuidado, pois a planta pode amplificar certos efeitos e quadros relacionados. Pode gerar aumento da atividade cardíaca, bem como aumento do suor.
Em doses muito altas, o cacto gera um aumento expressivo das características que já foram citadas. Então, pode não ser tão benéfico quanto seria em doses controladas.
Como preparar peiote? Conheça as formas de consumo
Estima-se que a dose mínima desse cacto para uso é 150 mg. Até 300 mg, temos uma dose moderada. De 300 a 400 mg, há efeitos mais poderosos, que duram até 12 horas.
De 400 a 500 mg, efeitos ainda mais potentes com duração de até 12 horas. Mais do que isso, aumenta os efeitos para quase 24 horas.
O ideal é estar em ambiente apropriado, acompanhado das pessoas confiáveis e preparado mentalmente para o uso. Caso a pessoa não esteja nas condições mentais ideais, os benefícios esperados podem não se manifestar.
Vamos então comentar as principais formas de consumir o cacto mexicano.
Mastigação
Uma das formas é a mastigação. Nesse caso, é preciso selecionar pedaços mastigáveis do cacto em uma preparação prévia.
Em cápsulas
Outra estratégia é o uso em formas de cápsulas, o que, naturalmente, permite um controle mais fácil da dosagem. Em outros casos de enteógenos, as cápsulas ajudam na microdosagem, uma prática que gera muitos efeitos positivos.
Chá
Destaca-se também o uso em forma de chá. Consiste, basicamente, em diluir a planta em formas menores que serão adicionadas a uma mistura de água quente. Espera-se um tempo e depois se consome o cacto como uma forma de bebida, portanto.
Infusão
A infusão, por outro lado, é uma forma de chá. A forma de preparação é basicamente a mesma, com a diferença de que o termo infusão se adapta melhor a certas plantas e elementos de origens específicas.
Onde encontrar cactos sagrados para consumir?
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Conclusão
O uso do peiote se destaca por suas propriedades medicinais e por suas características de expansão da consciência. Por isso, seu sucesso foi tão expressivo em diversas comunidades ao longo da história da humanidade.
Longe de ser somente uma planta com destaque na pré-história, invadiu, também, a modernidade e a pós-modernidade, convencendo mais pessoas sobre seus benefícios.
É importante entender melhor como utilizar esse cacto, as melhores práticas, bem como os casos em que é indicado para uso seguro. Dessa forma, as pessoas conseguem estudar melhor o cacto e compreender de forma completa o porquê de seu sucesso.