Tipos de alucinação: quais são e suas causas
Os quadros de alteração da percepção sensorial do indivíduo podem ser classificados, sob o aspecto psicanalítico e psiquiátrico, como tipos de alucinação ou delírio. Estes eventos representam uma distorção na interpretação do mundo e seus objetos reais.
Como quadro de saúde mental, demanda a intervenção e acompanhamento com profissionais especializados, de modo que o sofrimento mental desenvolvido seja amenizado, controlado ou extinto.
A Natureza Divina é uma aliada da saúde humana, em seus âmbitos físico, espiritual e mental. Neste artigo exclusivo explicamos quais são os tipos de alucinação, suas causas e prováveis tratamentos.
Continue no artigo e tenha uma ótima leitura.
O que é alucinação?
Alucinações são estados de alteração da percepção sensorial do indivíduo, afetando os sentidos de tato, olfato, paladar, visão e audição. É comum que nestes contextos a pessoa apresente certa desorientação e confusão mental.
Existem tipos de alucinação diferentes a depender de qual dos sentidos torna-se mais afetado pela alteração da percepção. Do mesmo modo, os quadros de alucinação são subjetivos e relacionados ao processamento da realidade pelo indivíduo.
São comuns, portanto, relatos de interação com estímulos irreais, originados na distorção dos modos de compreensão da realidade provocados pelas alucinações. Em outros casos, também há relatos de uma sobreposição dos tipos em um mesmo episódio.
Vale ressaltar que as alucinações estão comumente associadas a quadros psicóticos ou de desencadeamento de psicoses, sob o aspecto psiquiátrico e psicanalítico. Por isso, caso esteja vivenciado ou conheça alguém neste estado, procure imediatamente ajuda e acompanhamento profissional.
Quais os tipos de alucinações que existem?
1. Auditivas
As alucinações do tipo auditiva normalmente estão associadas a algum tipo de estímulo audioverbal com voz de comando e ação. Essas vozes se dividem em dois tipos: a sonorização do próprio pensamento do tipo alucinatório ou delirante.
- Sonorização alucinatória: o indivíduo reconhece que está presenciando a verbalização de seus pensamos
- Sonorização delirante: o indivíduo desassocia a verbalização de seu próprios ser, atribuído a um agente externo
2. Musicais
Estudada e descrita a fundo pelo neurologista britânico Oliver Sacks, as alucinações musicais são episódios em que o indivíduo vivencia a presença de uma melodia ou de sonoridades inexistentes enquanto objetos da realidade. Está associada a quadros neurológicos e torna-se mais comum na velhice.
3. Táteis
São relacionadas a episódios cuja sensação delirante e alucinatória se dá em toques, alfinetadas ou o rastejo de pequenos animais pelo corpo. É comum sua presença em quadros de esquizofrenia.
4. Visuais
Se dividem em dois tipos: as simples e as complexas. Nas alucinações visuais do tipo simples, o indivíduo presencia cores, pontos flutuantes e brilhantes, bolas e demais objetos. Já no tipo complexo, ocorre a percepção distorcida da realidade com quadros completos de figuras, pessoas, seres, etc.
5. Olfativas e Gustativas
Apesar de um tipo raro de alucinação, as olfativas e gustativas estão relacionadas à percepção de odores e sabores sem origem em objeto da realidade. Podem ocorrer em conjunto.
6. Funcionais
As alucinações funcionam se organizam em quatro tipos.
- Combinadas ou sinestésicas: quando ocorre a associação de várias modalidades sensoriais (tato, olfato, visão etc.)
- Extracampinas: eventos ou objetos que são percebidos fora do campo sensorial, por exemplo, um objeto atrás de uma parede ou longe de sua visão
- Autoscópicas: alucinação do tipo visual em que o indivíduo se percebe, visualmente, fora de seu corpo
- Hipnagógica e Hipnopômpicas: relacionadas à episódios de transição do estado de sono para a vigília, podendo ocorrer a sensação de vozes, luzes, tatos etc.
7. Centesésicas e Cinestésicas
Relacionadas à percepção do indivíduo acerca de seu corpo. Quando Centesésicas, são associadas a eventos improváveis, como a sensação das orelhas crescendo ou de um animal percorrendo as vísceras. Quando Cinestésicas, estão relacionadas ao movimento do corpo, como cair, andar, afundar etc.
Qual a diferença entre alucinação e delírio?
Delírio e alucinação são termos comumente associados à alteração da percepção da realidade pelo indivíduo. No entanto, apresentam uma diferenciação fundamental.
Na alucinação o indivíduo tem ciência da alteração da sua percepção da realidade, compreendendo que os objetos vistos, as sonoridades percebidas ou os sabores surgidos são fruto de uma distorção nas condições ideais de funcionamento e interpretação sensorial do mundo.
Entretanto, nos delírios este fato não ocorre. O indivíduo desconhece o seu quadro, crendo que objetos, sons, sabores ou outros estímulos irreais são, de fato, existentes. Isto é, a pessoa atribui aos eventos percebidos o caráter da veracidade.
Quais as causas de alucinação?
Os tipos de alucinação podem ser desencadeados por eventos de natureza diversa, que abrangem desde uma predisposição neurológica ao desenvolvimento de quadros psicóticos, até o comportamento do indivíduo frente determinadas situações e o desencadeamento de surtos.
Por exemplo, um indivíduo que por condições congênitas ou histórico familiar apresenta predisposição. Outro possibilidade seria, pela estrutura da psique de acordo com a teoria psicanalítica, o indivíduo ser classificado como psicótico e, portanto, vivente de quadros de alucinação e delírio.
Como é feito o diagnóstico das alucinações?
Tendo em vista os tipos de alucinação estarem associados às alterações no funcionamento ideal da percepção humana, caracteriza-se um quadro que demanda intervenção de profissionais da saúde, como psiquiatras e psicólogos.
Por isso, o diagnóstico deve ser conduzido estritamente por profissionais qualificados e experientes no tratamento dos quadros de alucinação. Estes são capazes de compreender o quadro, sua origem, seu estágio, elaborando toda a terapêutica necessária.
Vale frisar, caso esteja vivenciando episódios de alucinação, delírio ou distorções sensoriais, procure imediatamente o apoio médico e realize o acompanhamento psicológico regular.
Como é o tratamento de alucinação?
O tratamento para o controle de surtos por tipos de alucinação dependerá, efetivamente, da avaliação clínica e psicológica do quadro de saúde mental do indivíduo.
Neste sentido, pode o psiquiatra responsável aconselhar o uso de medicamentos no tratamento da alucinação. Além disso, recorrentemente o tratamento via medicamento é associado ao acompanhamento psicológico.
Conclusão
Neste artigo exclusivo da Natureza Divina você aprendeu sobre os tipos de alucinação, sua diferença com episódios de delírio, os fatores causadores e os possíveis tratamentos para este sintoma de um quadro de saúde mental.
Como vimos, as alucinações são alterações sensoriais na percepção do indivíduo sobre a realidade, ocasionando episódios de interpretação de estímulos inexistentes ou irreais, como sons, sabores, sensações ou visões.
Estes eventos podem ser desencadeados por inúmeras situações que merecem a avaliação psiquiátrica e psicológica, de modo que o tratamento adequado seja iniciado e os quadros amenizados ou extintos.
A Natureza Divina se posiciona como uma aliada e promotora da saúde em seus diversos âmbitos: físico, espiritual e mental.
Caso esteja vivenciando alucinações, procure ajuda médica qualificada e viva uma vida saudável!